McDonald’s x Burger King: quem se recuperou melhor no pós-pandemia no Brasil

Duas das principais redes de restaurantes “fast food” no Brasil em termos de vendas e lojas, o McDonald’s apresentou uma recuperação operacional da pandemia muito mais robusta no país do que o Burger King, de acordo com os números dos balanços do quarto trimestre de 2021 divulgados nas últimas semanas e análise de bancos.
 

No Brasil, que corresponde a 40% da operação do Arcos Dorados, franqueadora do McDonald’s na América Latina, teve receita de US$ 298,6 milhões (cerca de R$ 1,52 bilhão) no período, alta de 17,7% na comparação anual. As vendas comparáveis subiram 18,3% na comparação com 2020 e 5,7% sobre 2019. Ao fim de 2021 eram 1.051 lojas da rede.

Já o BK Brasil, que opera as lojas do Burger King e do Popeyes no país, registrou receita operacional líquida de R$ 912,9 milhões no quarto trimestre, alta de 17,9% na comparação anual. A empresa diz que, em termos comparáveis, as vendas subiram 9,9% ante 2020 e 0,5% sobre 2019. A companhia encerrou 2021 com 893 lojas em operação.

Na opinião do Goldman Sachs, os resultados da Arcos Dorados no Brasil foram “materialmente superiores” ao do BK Brasil, com os números indicando que a operadora do McDonald’s conseguiu ganhar participação de mercado no Brasil e apoia o ambicioso plano de expansão da companhia uruguaia.

Os analistas Thiago Bortoluci e Galdino Falcão afirmam que o McDonald’s provavelmente ganhou participação de mercado no Brasil com os resultados acima do esperado. Mesmo com impactos da inflação e da alta nos custos, o banco americano destacou que a margem bruta se manteve estável com a forte alavancagem operacional.

A analista Marcela Recchia, do Credit Suisse, nota que o Arcos Dorados ainda apresentou uma queda de 19,1% nas receitas líquidas ante 2019, impactada com o câmbio no período. Sem tais efeitos, o crescimento de 22% supera a alta de 18% que o BK Brasil teve no último ano, na comparação com 2019.

O banco suíço calcula que o Ebitda ajustado das operações brasileiras do Arcos alcançou US$ 70,6 milhões, implicando em uma margem de 23,6%, 3,2 pontos percentuais acima do patamar de 2019. “Uma gestão efetiva de receitas e estrutura de custos melhorada sustentou, em última instância, os ganhos de alavancagem operacional”, afirma.

A Arcos quer abrir 55 novos restaurantes em 2022, incluindo 38 no Brasil. Até 2024, a companhia quer abrir 200 novas lojas, sendo 60% delas no Brasil. Já o BK Brasil projeta abrir entre 70 a 90 novas unidades neste ano no Brasil, querendo reaquecer o ritmo de inaugurações após dois anos complicados com a pandemia.

Há pouco, a ação do Arcos Dorados negociada na Bolsa de Nova York (Nyse) tinha alta de 1,23%. Em mesmo sentido, a ação do BK Brasil subia 3,43% na B3, no mesmo horário.

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