McDonald’s não demitiu em 2020 e espera programa do governo para repetir o feito

O McDonald's entrou em uma feliz estatística em 2020: não demitiu nenhum colaborador por causa da pandemia, mesmo estando em um dos setores mais atingidos. O CEO da rede no Brasil, Paulo Camargo, coloca o programa que permite cortar jornadas e salários, o BEM, como fundamental para que isso tenha acontecido.

Porém, para se manter com essa realidade, Camargo espera com ansiedade a renovação do programa pelo Governo Federal.

No ano passado, boa parte dos 50 mil colaboradores da empresa acabaram sendo incluídos no programa, algo que deve se repetir em 2021, segundo o executivo. “O programa ajudou a manter muitos empregos e esperamos que continuemos assim neste ano”, diz Camargo.

Então, sem o BEM, podemos ter demissões?

"Se em algum momento for necessário, vamos ter que fazer o que fazer. Mas de acordo com as nossas conversas com o governo, o programa vai acontecer. Se as demissões tiverem que acontecer, espero ser a última empresa a fazer. Mas acho que no fim vai dar tudo certo"

Paulo Camargo, CEO do McDonald's
Há uma semana, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, afirmou que o programa voltará e deve atingir 4 milhões de funcionários com carteira assinada. Na noite desta terça-feira (6), o governo enviou ao Congresso o projeto de lei que possibilita a reabertura do BEM, assim como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

Camargo aguarda para tomar decisões. Afinal, nem mesmo a gigante do fast food no Brasil conseguiu se safar da queda das vendas nesse período complicado da economia brasileira. No geral, mais de 330 mil bares e restaurantes fecharam as portas por causa da pandemia.

3 D's: Drive-thru, Delivery e Digital

O ano de 2020 teve várias nuances para o McDonald's. A rede controlada pela Arcos Dorados na América Latina viu as suas vendas caírem 80% no início da pandemia, com o fechamento das unidades, e até mesmo a sua geração de caixa ficou negativa. Para tentar diminuir o impacto, Camargo decidiu acelerar um plano chamado internamente de "3 D's”: Drive-thru, Delivery e Digital.

Os conceitos são autoexplicativos, mas ganham ainda mais importância no período da pandemia. Nos 12 meses do ano passado, a empresa registrou uma queda de 22% nas vendas. Porém, nos últimos meses do quarto trimestre, segundo Camargo, as vendas já estavam em patamar similar às registradas em 2019, mesmo com tantas pessoas ainda com receio de voltar aos restaurantes.

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